Capitão brasileiro, Portugal tenta se livrar de marcador canadense na estreia do Pan |
Placares elásticos adversos, falta de fãs, uma “maria-chuteira” confusa. Com cinco propagandas irônicas, a Topper, principal patrocinadora do rúgbi no Brasil, colocou o esporte na mídia nos últimos meses. A inferioridade da equipe virou motivo de piada. Mas agora os fortões barbudos que estão no Pan querem mudar essa imagem e conquistar adeptos de outra maneira: com um lugar no pódio em Guadalajara.
Veja os comercias de rúgbi (5 vídeos)
Quando os primeiros comerciais foram ao ar, os próprios jogadores estranharam seu teor. O narrador sentado na poltrona em um campo de rúgbi destaca a evolução do Brasil de diferentes maneiras: em 2009, perdeu jogos 79 a 3, 71 a 3; um ano depois, perdeu por 26 a 10, 31 a 8. Crescimento nítido, segundo a propaganda.
Quando os primeiros comerciais foram ao ar, os próprios jogadores estranharam seu teor. O narrador sentado na poltrona em um campo de rúgbi destaca a evolução do Brasil de diferentes maneiras: em 2009, perdeu jogos 79 a 3, 71 a 3; um ano depois, perdeu por 26 a 10, 31 a 8. Crescimento nítido, segundo a propaganda.
“Quando saiu o primeiro comercial, eu já era patrocinado por eles. Aí outros jogadores vieram me perguntar, meio irritados: pô, o que os caras estão fazendo? Eles estão tirando um sarro da nossa cara”, conta Fernando Portugal, capitão brasileiro.
A estratégia da empresa era chamar a atenção, não importa como. Aos poucos, os jogadores pareceram entender melhor o objetivo da ação, que teve até uma maria-chuteira “fã” da modalidade que chama o esporte de “rúbgui”.
“Ninguém sabe que era uma batalha na época perder de 70, não era fácil. A verdade é que a ideia do comercial foi genial, foi a melhor maneira de as pessoas se interessarem mais pelo rúgbi, ninguém conhecia nada. E os nossos resultados na época ajudaram, porque realmente fomos evoluindo”, diz Portugal.
Parte da seleção não aprovou o comercial e suas piadas. No entanto, os jogadores admitem que o humor era a melhor maneira de chamar a atenção de uma torcida que se dedica principalmente ao futebol.
“Alguns não gostaram, mas eu achei válido, porque com humor é mais fácil cativar o brasileiro. O importante é que começamos a receber apoio. E muita gente que sabia que eu jogava vinha falar do comercial comigo. Foi uma boa iniciativa”, resumiu o craque do Brasil, Lucas Tanque, hoje com patrocínio pessoal da empresa que fez os comerciais.
Mas a seleção, agora, quer mostrar que a evolução não se restringe a goleadas menores. O Pan é encarado como uma chance única para levar o rúgbi ao conhecimento de mais brasileiros. A equipe se classificou em terceiro lugar do grupo B e entra em campo às 13h25 (de Brasília) deste domingo pelas quartas de final. O adversário será o forte Uruguai, considerado a segunda força da América do Sul (a Argentina é a favorita).
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