Espantando a Zica

Uma vitória para lavar a alma! Assim foi o triunfo de 1 a 0 do cruzeiro sobre o internacional neste domingo, na arena do jacaré. Além de tirar a raposa da incômoda zona do rebaixamento, a vitória deu moral para as quatro finais que vêm por aí.

O jogo pode ser resumido em uma palavra: superação. O Internacional é um time enjoado que jogou de igual para igual e valorizou o triunfo estrelado.  Quando o jogo é bom o tempo passa rápido e assim foi o clássico na Arena do Jacaré.

Desde o início, o Cruzeiro buscou o gol. Wellington Paulista e Farias lutavam contra a defensiva colorada que segurava o ímpeto celeste. A partida caminhava para o equilíbrio quando Wellington Paulista cruzou a bola pelo lado esquerdo do ataque celeste e Ernesto Farias abriu o marcador.

Dorival Júnior corrigiu o posicionamento do Inter. Travou as descidas dos laterais e o time gaúcho cresceu. Tinga, D’Alessandro, Oscar  e Ney passaram a comandar as ações e o Cruzeiro se encolheu. Limitou-se a defender e deu campo para o colorado. Fábio apareceu com boas defesas e o time desceu para o intervalo com a vantagem.

O Internacional voltou para a etapa complementar dominando o jogo da mesma forma que terminou o primeiro tempo. 

Para melhorar a situação Elton foi expulso ao tentar cortar com a mão um chapéu de Wellington Paulista na intermediária.  Quando todos pensavam que o Inter se acomodaria, Dorival Jr avançou o time em busca da igualdade e promoveu as entradas de Andrezinho e Zé Roberto.

Enquanto o Inter pressionava em busca do empate, do outro lado Mancini almejava os contra-ataques. Ortigoza entrou no lugar de Farías para dar velocidade ao time e desafogar a pressão colorada. O paraguaio até fez o gol que daria mais tranqüilidade ao Cruzeiro na reta final da partida, mas o bandeirinha invalidou o lance alegando impedimento.

Desse momento em diante, o Cruzeiro limitou-se a suportar a pressão dos gaúchos. Porém com um detalhe: com uma raça e uma vontade poucas vezes vistas neste Brasileirão.

Quando o árbitro apitou o final da partida, a torcida celeste, que lotou a Arena do Jacaré e empurrou o time durante os 90 minutos, comemorou a vitória e o alívio da saída do Z-4. No entanto, os torcedores são conscientes e sabem que o time tem as suas deficiências que precisarão ser compensadas com muita dedicação nas quatro batalhas que ainda restam em 2011.

Vagner Mancini precisará trabalhar muito para reorganizar a defesa, estudar uma forma de cobrir as laterais e ainda lidar com o crônico problema de velocidade no ataque.

Mesmo assim, o Cruzeiro tem tudo para terminar a temporada de cabeça erguida e planejar 2012 de uma maneira diferente do que o atual, foi um jogo duríssimo, mas quem disse que seria fácil?

Assim como os demais jogos desse torneio à parte que o Cruzeiro disputa também o serão. Mas se essa raça, se esse tesão por vencer demonstrados hoje permanecerem, não tenho sombra de dúvidas que nos salvaremos do vexame que seria o rebaixamento.

VALEU, ZÊIRÃO!!!!!!