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segunda-feira, 22 de abril de 2013

Curso de iniciação à ginástica coletiva indica caminho profissional a ser trilhado por universitários



Dificuldade de encontrar profissionais capacitados para aulas de ginástica coletiva valoriza o “passe” destes profissionais.

Uma das principais regras do mercado econômico diz que “quanto maior a oferta de um produto, menor é o seu valor”. Dessa forma, um dos profissionais que mais têm se valorizado no segmento da educação física é o professor de ginástica coletiva. Todavia, não basta ter graduação superior, é preciso fazer cursos de iniciação na ginástica coletiva e ter bastante desenvoltura. Saturno de Souza, diretor técnico/ retenção da Bio Ritmo Academia (www.bioritmo.com.br) destaca que o professor de ginástica coletiva “tem que ser um bom performer” e ao combinar desembaraço e técnica, as salas tendem a encher e o “passe” do professor se valoriza.

Dificuldades do mercado

Souza diz que o mercado profissional mudou bastante com a democratização dos serviços do personal trainer. Por conta da falta de impostos a serem pagos e da melhora da renda da população, muitos profissionais de educação física passaram a priorizar o trabalho como personal. Com menos profissionais optando pela ginástica e pela dificuldade dos gestores em encontrar bons professores, menos pessoas procuram as aulas coletivas e as academias acabam não investindo nessa modalidade, gerando uma “bola de neve”. “É preciso um investimento diferenciado, oferecer plano de carreira pro profissional e até mudar a forma de atrair os clientes, porque se conseguir manter as aulas com um alto número de alunos, acaba fidelizando o professor talentoso, porque ele se motiva por isso”, destaca o profissional da Bio Ritmo.

As academias, segundo Lilian Cravero, professora de ginástica que fez o curso de iniciação há dois anos, têm absorvido e procurado muito esses profissionais: “a área precisa de professor. Trabalho em algumas academias e sempre que falta alguém não tem gente pra substituir. É bom pra academia porque temos muitos alunos num mesmo espaço e essa é uma das horas/aulas mais caras dentro da empresa”.

Curso para iniciantes

Evandro Costa Siqueira, coreógrafo e treinador da Body Systems (www.bodysystems.net) diz que o Curso de Iniciação à Ginástica tem o objetivo de preencher a lacuna de aproximar a empresa do futuro profissional, isso porque os gestores não têm muito acesso às universidades e nem criam planos de estágio e este é um curso realizado em parceria com essas instituições: “o curso ensina as competências básicas para que ele possa entender o que as academias necessitamos, é um curso prático e com muita informação, porém não certifica ninguém, não é de formação. ”. E quem fez, recomenda: “é bem bacana, porque ajuda a desenvolver as suas capacidades. Você não sai professor, mas sabe quais são os passos a seguir pra chegar lá e quem não trabalha com ginástica aprende o que é essa modalidade para o mercado”, conta Felipe Dias Coutinho, que fez o curso há dois anos e já atua na área.

Divulgar é preciso

Para incentivar o crescimento de alunos nas aulas de ginástica coletiva, o gestor pode investir em eventos, estratégias de marketing e na motivação do profissional que ministra as aulas. As empresas de fitness contratam profissionais inexperientes, que podem ser treinados de acordo com os valores da instituição, e também os experientes que chegam com “vícios” de outros empregos “Tem academia que conhece o curso e manda os professores para fazer a iniciação à ginástica para ganhar a competência do especialista”, diz Evandro. Todavia, para ter sucesso, Souza destaca que esse profissional também precisa compreender que:

- Ele foi contratado para ter sala cheia. “Porque um profissional de ginástica que não tem a ambição de ter uma sala cheia, não tem sucesso.”
- Conhecer a importância da linguagem técnica da empresa para que o cliente enxergue que o serviço que lhe está sendo entregue está inserido em um contexto da empresa.
- Não deve gerar muita ocorrência (falta, atraso, licença médica), porque isso vai contra a expectativa de entrega de serviço do cliente.

“Se o profissional entender isso, ele é o professor dos sonhos e aquele que vale a pena investir, dar plano de carreira, plano de saúde, colocar na mídia etc”, fala Souza. 

Lilian conta que é difícil se expor na frente de muita gente e com o curso de iniciação à ginástica, o profissional aprende a ter a postura adequada, além de vivenciar o aprendizado de ritmo e musicalidade que não é visto na universidade. “Dá uma boa base para entrar em academias grandes”, incentiva. 

Diplomas e certificados

“Há 10 anos, conhecer bem os ritmos e falar bem em público eram diferenciais do professor de ginástica, mas hoje, com o número crescente de academias, o estudante de educação física não pode acreditar que apenas se graduando vai conseguir emprego. Ele precisa ter noção de que sem a especialização, não vai conseguir”, alerta Siqueira.

No exterior, o professor de ginástica coletiva não precisa, necessariamente, ser um profissional de educação física, como acontece aqui no Brasil. Assim, as aulas são verdadeiros shows promovidos por atores, bailarinos, artistas etc. “Minha dificuldade maior ainda é essa: não basta ser um bom performer, ele ainda tem que ser formado e estar em situação regular com o Conselho Regional de Educação Física”, destaca Souza, mostrando o quanto o professor acaba sendo valorizado dentro das empresas de fitness.

Investir tempo e dinheiro nos cursos de iniciação vale a pena até porque as pequenas e médias acabam “peneirando” profissionais durante essas aulas. “E no curso, a gente aprende também sobre posturas profissionais, como se comportar com o cliente, assuntos que podem ser usados em todas as áreas e que ajudam a abrir portas”, recomenda Coutinho.

“Sou suspeito para falar, porque fiz um milhão desses cursos e acho que ajuda muito o profissional a ganhar segurança do que está passando aos alunos quando vai atuar e também para competir em seletivas de grandes empresas, porque você sabe se o que está fazendo está abaixo ou até acima da média. Te dá confiança pra buscar maiores desafios”, lembra Saturno de Souza, que brinca que os cursos preparatórios são ferramentas que podem ser incorporadas a uma “caixinha” que todo profissional de educação física tem e, quanto mais completa, melhor ele vai ser no mercado.

Além disso, os gestores gostam de procurar professores de ginástica coletiva dentro dos cursos por terem a certeza de que aquele profissional não é limitado e está sempre em busca de aprimoramento em sua carreira, o que acaba valorizando o seu “passe”.

Pra aqueles que acham que a ginástica coletiva tem pouca lucratividade e está com os dias contados, Saturno de Souza deixa o alerta: “o mercado se adapta e as pessoas talentosas da ginástica coletiva sempre terão seu lugar. Além disso, essa modalidade nunca vai morrer nas academias porque faz parte de um leque de opções de serviços a serem oferecidos aos clientes. O profissional talentoso sempre vai ser bem remunerado e valorizado e terá o status que o mercado pode lhe dar”.

Serviço:
Curso de iniciação à ginástica coletiva
Teórico e prático, o curso acontece em um único dia, das 8 às 18 horas e aborda as competências necessárias para ingressar na carreira da ginástica. Em 2012, seis mil universitários passaram pelo curso, que é oferecido em todo o território nacional. Para conhecer o cronograma e se inscrever, acesse www.bodysystems.net e clique em “Calendário”. O custo é de R$ 40 ou R$ 25, para quem se inscreve com até uma semana de antecedência pelo site.

Fonte: Por Jornalismo Portal EF

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