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domingo, 25 de maio de 2014

Árbitro mineiro volta de mundial na Itália com visão diferente sobre futsal

 Adilson Mattos, de Juiz de Fora, ressalta intercâmbio cultural e respeito de europeus dentro de quadra. Sobre a Copa, ele é patriota: ‘Preferi dizer que estava tudo certo’

Ao centro, Adilson Mattos apitou o Mundial de Futsal na Itália(Foto: Reprodução/Arquiivo Pessoal)
Em 2014 os olhos de todo o mundo estão voltados para o Brasil em razão da Copa do Mundo. No entanto, no cenário escolar as atenções estavam voltadas para a Itália, e coube a um juiz-forano a tarefa de ir na contramão do fluxo esportivo. Adilson José Mattos , árbitro de futsal, esteve no Mundial Escolar da modalidade, realizado entre os dias 26 de abril e 3 de maio. Mais do que a bagagem e as compras feitas no Velho Mundo, o mineiro trouxe experiências e impressões, tanto sobre arbitragem e a modalidade quanto sobre outras culturas no esporte. 

Convidado pela Federação de Esportes Escolares de Minas Gerais (FEEMG) e pela Confederação Brasileira do Desporto Escolar, Adilson é o brasileiro que apitou mais vezes um mundial. O árbitro, que esteve presente em Fortaleza, em 2007, revela que ser novamente indicado para um campeonato deste nível mostra o reconhecimento do trabalho.

– É a coroação de uma carreira. Fico muito feliz, estou orgulhoso. Ser lembrado novamente por entidades tão sérias para apitar um mundial é algo gratificante para mim – afirmou Adilson, que foi um dos dois brasileiros que estiveram na arbitragem na Itália. 

Adilson participou de jogos, tanto na categoria masculina, quanto na feminina. Entre os principais, ele apitou as quartas de final no masculino entre Holanda e Inglaterra e foi árbitro anotador na decisão do feminino, entre Turquia e Finlândia, onde as turcas se sagraram campeãs. Mesmo com as várias línguas utilizadas no torneio, com seleções de várias partes do mundo, o árbitro afirma que tudo foi calmo. De acordo com ele, o respeito com o qual os europeus e outros estrangeiros tratam a arbitragem facilita o trabalho.

– É outra coisa. Apitei jogos de seleções de vários continentes e é incrível o tratamento com os profissionais do apito, muito diferente do que vemos no Brasil e nos países sul-americanos em geral, onde geralmente temos dificuldades para levar os jogos – declarou Adilson, que disse não ter tido problemas de comunicação com outros árbitros, nem com a aplicação da regra. 

INTERCÂMBIO CULTURAL E COPA DO MUNDO

Quem pensa que o Mundial de Futsal Escolar teve só bola, apito e quadra está muito enganado. Durante a competição, houve um momento dedicado apenas ao intercâmbio cultural. Segundo Adilson Mattos, esta foi uma das melhores partes da experiência. 

– Havia um espaço na agenda apenas para confraternização entre as delegações. Os alunos e confederações levaram alguns objetos, alguns típicos, outros não, e fizeram trocas. Foi algo muito legal, pela descontração e pelo crescimento individual que esse intercâmbio proporciona – afirmou.

O fato da Copa do Mundo acontecer no Brasil também foi tema durante o mundial. A proximidade do evento fez com que Adilson Mattos fosse bastante assediado por colegas e chefes de delegações a respeito da competição. Mesmo sabendo das dificuldades encontradas pelo país para organizar o torneio mais importante do futebol mundial, Mattos adotou uma postura otimista.

– Era óbvio que eles me perguntassem a respeito. Preferi dizer que estava tudo certo. Não entrei muito no mérito das questões pedidas pela Fifa e preferi deixar o tom pejorativo e críticas fora disso – disse, bem humorado.

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