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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Record imita Globo no marketing da “câmera exclusiva” e irrita espectador

Para o bem e para o mal, a Globo é um modelo para a Record nesta sua cobertura dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. A emissora montou estrutura gigantesca, trouxe mais de duas centenas de profissionais e usufrui das vantagens concedidas a quem pagou pelos direitos de transmissão para o Brasil.

Um dos privilégios é o de poder filmar os eventos esportivos de forma complementar à transmissão oficial. É a chamada “câmera exclusiva”, colocada em locais diferentes daqueles usados pela organização do Pan para gerar as suas imagens.


Até aí, tudo bem. A tal “câmera exclusiva” pode, de fato, captar detalhes que escapam ou não interessam às câmeras oficiais. O que é chato, e tem irritado os espectadores, é a insistência dos narradores e repórteres da Record em se vangloriar de um recurso que não passa de um direito da emissora. E, pior,  às vezes, mal usado.

No primeiro dia do taekwondo, por exemplo, a “câmera exclusiva” exibiu lutas com qualidade deficiente, provocando piadas no Twitter. Na verdade, não foi culpa da Record. A geradora oficial das imagens estava filmando apenas um dos tablados de luta. Com segundo descoberto, a equipe da emissora improvisou, direcionando sua câmera para lá, mas colocada num ponto ruim, com gente passando na frente.

Tivessem deixado claro para o espectador que estavam suprindo uma deficiência da transmissão oficial, em vez de fazer marketing da “câmera exclusiva”, o impacto teria sido outro e as críticas, mais amenas.

Este texto foi publicado originalmente no blog Sombreros, um dos canais de comunicação da equipe do UOL Esporte em Guadalajara. A cobertura completa do Pan 2011 pode ser lida aqui.

Foto AP Photo/Martin Mejia

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