Érika durante sua passagem pelo Igtisadchi, do Azerbaijão, de onde foi dispensada |
Na chegada a Milão, a perna direita estava bastante inchada. Com a ajuda de Maicon, lateral-direito da seleção e da Inter de Milão e amigo pessoal de Érika, ela foi examinada por Franco Combi, médico do time italiano. O diagnóstico foi grave: um início de trombose na região. "Não achei que uma pancada pequena fosse ser uma coisa tão grave. Fiquei assustada, com medo. Com certeza foi o pior momento da minha carreira. Nunca me machuquei assim. Foi muito sério. Eu corri risco de morte", afirmou Érika.
Em seu Twitter, Érika publicou foto que mostra sua perna direita bastante inchada após a pancada que sofreu durante treino de seu time no Azerbaijão |
A história tem traços de dramaticidade. O médico do time, na verdade, era um enfermeiro, que, segundo Érika, "não sabia nem fazer um curativo no dedo". De acordo com dois médicos ouvidos pela reportagem, a jogadora não poderia ter encarado a viagem entre o Azerbaijão e a Itália. No avião, com a perna para baixo, a lesão piorou e o local inchou. Em Milão, Franco Combi determinou que a ponteira realizasse uma cirurgia imediatamente, ou o problema seria maior. No entanto, o presidente do Igtisadchi, Peter Hilko, não queria pagar o procedimento, estimado em 9 mil euros (aproximadamente R$ 20,2 mil).
Com as contas acertadas, Érika operou no dia 11 de janeiro e ficou cerca de 15 dias no hospital em Milão sem receber nenhum auxílio dos membros da diretoria de sua equipe. Indignada, retornou a Baku, capital do país, onde encontrou-se com o presidente. Na conversa, a surpresa. Hilko "culpou" a brasileira pela eliminação da equipe na Champions League e a dispensou sem pagar 40% do salário a que tinha direito. Érika despediu-se das companheiras e retornou ao Brasil. Agora, está no Rio de Janeiro em fase final de recuperação da cirurgia. A previsão é de que ela possa voltar a atuar já na próxima semana.
Érika ataca contra a Croácia durante campanha da medalha de bronze em Sydney-2000 |
"O presidente não foi humano. Ele é um babaca. Minha perna está roxa até hoje, a lesão foi grave, corri riscos. Mas eu não esperava que eles fizessem algo diferente. Lá, eles acham que estrangeiro só serve para trabalhar mesmo. Agora eu só quero os meus direitos. E que o meu caso seja um exemplo para outras meninas, e que a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) passe a vetar transferências de atletas daqui para esse time", declarou Érika, que é a maior pontuadora da história da Superliga feminina.
É importante a posição da Atleta, pois com isso ela está protegendo os demais atletas que fazem contratos com Países distantes e com dirigentes truculentos como esse azerbaijano aí!!!!
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