Desde 2010 está em vigor um artigo que, traduzindo, diz que qualquer professor licenciado, está habilitado a dar aula de Educação Física para o ensino fundamental, do 1º ao 5º ano. Ou seja, qualquer professor vira profissional de educação física.
No início de 2012, o sistema CONFEF/CREFs intensificou a batalha para alterar a resolução. O sistema alega que a falta de profissionais de educação física aumentam os riscos de lesões nas crianças, sem falar que estes profissionais é que estão capacitados para lidar com crianças especiais. Alguns professores alegam que frequentemente as crianças brincam livremente e não existe uma sistematização ou atividades elaboradas com base no desenvolvimento motor.
O professor Georgios Hatzidakis, conselheiro do CONFEF/CREFs, conta que já foram realizados vários abaixos assinados, em diversas regiões do País, porém, os prefeitos alegam não ter dinheiro para manter mais profissionais dentro das salas de aula. “As pedagogas que ficam responsáveis em ministrar as aulas de Educação Física, normalmente não gostam da atividade e elas que efetuam as aulas. É totalmente diferente do professor, que aplica a aula por prazer e leva ao aluno desenvolvimento e crescimento. Além de uma vida mais saudável e ativa pelo resto da sua vida”, afirma Georgius.
O CONFEF/CREFs tenta sensibilizar os políticos com um trabalho isolado de conscientização, que vai depender de cada munícipio e da situação da Educação Física Escolar em cada um deles. Porém, para Georgios, é fundamental que os pais e professores também somem se manifestem. “Além da conscientização dos políticos, é necessário que os pais e profissionais abracem a causa. Os pais também precisam pressionar os vereadores e prefeitos, e entenderem que ganhar essa batalha vai beneficiar muito a população no futuro. As crianças são o futuro”, afirma o conselheiro. De acordo com ele, o CONFEF/CREFs irá continuar na luta pelos direitos dos profissionais e melhorias na área de Educação Física. “Os profissionais de Educação Física pagam a mensalidade do CONFEF/CREFs no começo do ano, mas pra que? Os profissionais devem saber que essa anuidade é justa e necessária. Somos uma instituição séria que busca defender as pessoas e resguardar os direitos dos profissionais de Educação Física”, destaca, ressaltando que “nosso objetivo é defender a valorização profissional e a qualidade de vida da população”.
Entenda a lei
A época mais importante no desenvolvimento e crescimento da criança na escola é a Educação Infantil. Porém, é possível registrar uma ausência de profissionais de Educação Física em um dos períodos mais valiosos e relevantes da formação humana. Conforme a resolução do CNE/MEC nº 5 de 17 de Dezembro de 2009, a Educação Infantil é a primeira etapa da Educação Básica, oferecida em creches e pré-escolas. De acordo com a resolução, a escola é responsável por promover saúde, brincadeira e interação entre as crianças. Porém, o artigo 31 da Resolução nº 7/2010, entra em controvérsias ao relatar: “Do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental, os componentes curriculares, Educação Física e Arte poderão estar a cargo do professor de referência da turma, aquele com o qual os alunos permanecem a maior parte do período escolar, ou de professores licenciados nos respectivos componentes”.
Fonte: Portal da Educação Física
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