“Estamos mordidos. Chegou a hora.” O levantador William avisou: o Cruzeiro estava cheio de vontade para bater os russos do Lokomotiv. Depois da derrota na primeira fase, era chegado o momento da decisão do Mundial de Clubes. Dito e feito. O Mago comandou com maestria um time quase perfeito neste domingo. Saques, bloqueios, defesas incríveis, ataques potentes. O repertório foi vasto, digno do título de melhor time do mundo. Diante de uma arquibancada celeste em Betim, os mineiros conseguiram a revanche na final, vencendo por 3 sets a 0 (25/20, 25/19 e 25/20). Se antes estavam engasgados com os russos, agora os cruzeirenses soltam a voz e gritam: “É campeão!”.
- Formidável. Jogamos um bolão, um vôlei de alto nível. Montamos uma equipe para esse campeonato e fomos coroados com o título. Estamos muito felizes - disse William.
- Formidável. Jogamos um bolão, um vôlei de alto nível. Montamos uma equipe para esse campeonato e fomos coroados com o título. Estamos muito felizes - disse William.
Leal foi um dos destaques do Cruzeiro na final diante do Lokomotiv (Foto: Divulgação/FIVB) |
O cubano Leal foi o maior pontuador, com 13 acertos (quatro em saques). Mas como falar que o ponteiro foi o nome do jogo, se William também fez uma grande exibição, com passes mágicos? O oposto Wallace foi preciso nos ataques. O ponteiro Filipe e o líbero Serginho fizeram grandes defesas. Os centrais Éder, Douglas e Isac não tomaram conhecimento da muralha russa. Não à toa o Cruzeiro é campeão mundial. O time inteiro voou em quadra.
Saques, bloqueios e euforia
Empurrados pela torcida celeste, os jogadores do Cruzeiro entraram em quadra mordidos, querendo a revanche diante dos russos. Para isso, os anfitriões apostaram na mesma arma que matou os argentinos do UPCN na semifinal: os saques potentes. Eles forçaram o saque e, por isso, erraram sete tentativas, mas também fizeram dois aces (com os ponteiros Leal e Filipe) e quebraram o ataque do Lokomotiv, que virou apenas seis bolas no primeiro set.
Não fosse pelo excesso de erros (13 n total), o Cruzeiro passearia em quadra. O levantador William viu nas bolas pelo meio de rede, principalmente as de primeiro tempo, uma saída para passar pelo forte bloqueio russo. Só o central Éder fez cinco pontos desse jeito - Douglas e Isac também foram acionados. O equilíbrio do primeiro jogo nem de perto se viu no set inicial. A equipe celeste chegou a abrir seis pontos de vantagem, e coube ao levantador William fechar a parcial com uma cortada de segunda, sem bloqueio (25/20).
Os dois times continuaram forçando e errando saques. Depois de muita bronca de seu técnico, os russos enfim começaram a encaixar seus ataques. Só que o Cruzeiro não deixava a bola cair facilmente. Filipe chegou a buscar a bola no banco de reservas, Éder devolveu no reflexo, e Filipe fez um bloqueio simples para vibrar muito. A muralha celeste, aliás, foi o ponto forte do time celeste. Foram quatro pontos assim. Apelidado de Mago, William orquestrava bem os ataques do anfitrião, que logo abriu boa vantagem. O Lokomotiv até ensaiou uma reação, mas sequer chegou a encostar no placar. Em um erro de saque russo, o Cruzeiro levou a segunda parcial (25/19).
Filipe vibra depois de defesa e bloqueio incríveis (Foto: Divulgação/FIVB) |
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