O Ministério Público
de Minas Gerais suspendeu as torcidas organizadas Máfia Azul e Pavilhão
Independente, ambas do Cruzeiro, por cinco meses, sem que possam
utilizar, nesse período, qualquer tipo de material que faça alusão às
agremiações nos estádios de futebol. A punição foi adotada por causa da
confusão envolvendo as duas facções em três jogos: contra Flamengo e São
Paulo e no clássico contra o Atlético-MG, no Independência, no último
dia 13, quando o mando de campo era do rival, que venceu por 1 a 0.
Integrantes das torcidas duas organizadas, que apesar de serem do mesmo
time têm uma grande rivalidade, já brigaram diversas vezes, em jogos
disputados no Mineirão e no Independência. Por isso, os associados de
ambas as agremiações não poderão assistir a jogos com bandeiras,
camisas, bateria, entre outros materiais que possam identificar a Máfia
Azul e a Pavilhão Independente. A medida, inicialmente, vale até o dia
20 de março de 2014 e tem abrangência nacional. Por isso, será
comunicada de forma oficial aos administradores dos estádios no Brasil.
A decisão foi informada pelo Ministério Público do Estado de Minas
Gerais, nesta segunda-feira, em evento que contou com representantes das
diretorias das duas torcidas organizadas, dirigentes da Federação
Mineira de Futebol, do promotor de justiça Edson Antenor Lima Paula, um
oficial do Ministério Público e representante da Polícia Militar de
Minas Gerais. A punição foi publicada no início da noite desta
segunda-feira pelo site oficial da FMF e sua validade é imediata.
Isso significa que o primeiro jogo em que os integrantes da Máfia Azul e
Pavilhão Independente não poderão representar oficialmente seus grupos
será no próximo sábado, às 18h30, no Mineirão, quando o Cruzeiro
enfrenta o Criciúma. Além das confusões no interior dos estádios
Independência e Mineirão, um confronto entre as duas torcidas na avenida
Abrahão Caram também foi analisada e fez parte da punição imposta pelo
MPMG.
De acordo com a ata da reunião ocorrida nesta
segunda-feira, representantes das duas torcidas admitem que as confusões
aconteceram pelo não cumprimento de acordos prévios feito entre elas. O
promotor de Justiça, segundo o documento, se mostrou preocupado com
possíveis revanches e informou que caso ocorra novos conflitos entre as
organizadas, poderá haver "banimento temporário" das duas agremiações.
Nesta quinta-feira, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD)
julgará o Cruzeiro e o rival Atlético por conta de briga entre duas
torcidas organizadas do clube celeste. O alvinegro mineiro, por ser o
mandante e responsável pela segurança também poder ser punido. Os clubes
foram enquadrados no artigo 213, com pena de multa entre R$ 100,00 e R$
100 mil e perda de mando de campo por até dez partidas.
O
presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares, diz estar tranquilo e
convicto que o Cruzeiro não será punido. Segundo o mandatário celeste, o
clube apresentará como provas sete boletins policiais e testemunhas
para confirmar que os responsáveis pela confusão no clássico com o
Atlético-MG foram identificados e detidos.
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