Bem como agora eu "D E F I T I V A M E N T E" voltei com minhas caminhadas achei legal essa matéria e quero compartilhar com vocês.
Guia completo com dicas de especialistas para escolher o calçado ideal para cada tipo de corredor e se exercitar de forma confortável e segura
“A corrida é um esporte democrático e fácil de praticar, já que o atleta só necessita de um par de tênis e boa vontade”. Certo, você já deve ter ouvido esta frase, mas será que escolher o calçado ideal é tão simples quanto parece? A cada dia, grandes marcas esportivas lançam novos modelos, com cada vez mais especificidades e diferenciais, que prometem melhorar seu desempenho.
O mais importante na hora de fechar a compra de um tênis, porém, não é a marca, o preço, nem o design, mas adequar o modelo certo para suas características, seja de corredor, como pisada, quilometragem e tipo de treino, com as características pessoais, de peso, altura, já que, a cada quilômetro percorrido, o atleta recebe, aproximadamente, de 500 a 1.200 impactos.
“Nosso movimento é como uma corrente, cheia de elos. Até mesmo uma pequena bolha já muda a maneira de caminhar, e, com isso, aparece dor no joelho, na coluna. Por instinto, o corpo poupa o local problemático do pé e muda toda a dinâmica do andar”, explica Miguel Achylles Nucci, mestre em biomecânica pela Universidade Estadual de Santa Catarina.
Como escolher seu tênis
Um tênis bonito, moderno e caro. Perfeito para calçar e correr, não? Errado. A escolha do tênis certo vai muito além e, muitas vezes, nem passa por essas variáveis.
O primeiro mito é do preço. Nem sempre os mais caros oferecem mais amortecimento e, muitas vezes, um tênis mais em conta dá (e bem) conta do recado.
Outro pensamento errôneo é sobre os tênis novos. “O calçado apresenta os melhores resultados após certo período de uso”, explica o educador físico Roberto Bianco, em seu em seu estudo de mestrado na Escola de Educação Física e Esporte da USP.
Uma das recomendações dos especialistas é sobre a vida útil, que não deve ultrapassar 600 km. Para os tênis de competição, a sugestão é de 300 km. Porém, essa margem ainda garante um fôlego extra, segundo estudos de Bianco. Não convém, entretanto, ultrapassar muito essa recomendação.
Clique aqui e veja um vídeo que te ajudará a perceber o momento certo de trocar seu tênis.
Nucci tem outra observação. “Quem quer um tênis para maratonas tem de ver, além do amortecimento, uma palmilha especial e cabedal feitos para dissipar ou absorver o suor, senão o pé fica encharcado, causando bolhas (Assista um vídeo com dicas de como evitá-las)” , ensina e pontua:
:: O tênis não pode apertar o pé. O ideal é que sobre até um dedo entre o cabedal e a ponta dos dedos.
:: Quem está acima do peso tem de pensar em amortecimento.
:: Lavar os tênis pode reduzir a vida útil.
:: Importância também às meias: o cano mais alto em relação ao tênis evita bolhas por atrito na parte de trás.
Os tipos de pisada
Para escolher o tênis certo, um passo importante é saber o formato do seu pé e seu tipo de pisada. São três os “tipos” de pé: o de arco alto, o de arco normal e o de arco baixo. Veja a figura abaixo:
Além do formato do pé, a forma como ele atinge o chão também influencia na escolha do tênis. O fisioterapeuta Reginaldo Fukuchi, membro do laboratório de Movimento do Instituto Vita e do Laboratório de Biofísica da USP, explica quais são os três tipos de pisada existentes e suas principais características:
Pronadora:: “A pronação vai haver em todo corredor, a diferença é que quem é pronador faz isso excessivamente”.
Na pisada pronada, o corredor apoia o lado de fora do calcanhar no chão e move o pé para dentro, passando pelo dedão e terminando no dedinho.
Supinada: “Assim como na pronada, na pisada supinada também acontece pronação, contudo, em um grau bem inferior. Neste tipo de pisada, há uma sobrecarga na parte de fora do pé do corredor”
Aqui, acontece o inverso da pronação. O atleta começa o movimento de pisada com a parte de fora do calcanhar, mas faz um movimento de apoio da parte externa do pé, até o dedinho.
Neutra: “É o tipo de pisada com maior equilíbrio. Nela, há uma pronação mínima, de 8 à 15 graus. O movimento com o calcanhar não sofre nenhuma alteração para os lados do pé”.
Neste tipo de pisada, há um movimento invariável desde o calcanhar até a ponta do pé, e forma uma pegada reta e constante.
Clique aqui e veja um vídeo de como é feito o teste de pisada.
Conheça seu tênis
Agora que você já conhece mais sobre a parte fisiológica da passada é hora de entender mais sobre seu tênis. Cada parte do calçado tem sua importância, veja na figura abaixo a função de cada uma delas.
1 Cabedal é o corpo do calçado
2 Palmilha é responsável pela postura correta do pé dentro do calçado
3 Entressola é a camada entre o cabedal e o solado
4 Sola externa é fabricada com diversas camadas, para agir conforme as necessidades de cada parte do pé. A sola do tênis divide-se da mesma maneira que a pisada:
A Calcâneo: Responsável pela estabilidade, amortecimento e impulsão
B Médio-pé: Feito em material duro e resistente, forma uma “armadura” para dar estabilidade
C Antepé: tem o “bico” levantado para facilitar o movimento da passada, que dobra naturalmente a parte da frente do tênis
D Contenção do calcanhar
Agora que você já sabe tudo sobre o assunto, é hora de escolher o tênis que melhor se encaixa nas suas características. Clique aqui e veja o Guia do Tênis com centenas de modelos para você não errar na hora de comprar seu calçado.
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